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AUTISMO E SEXUALIDADE: ORIENTAÇÕES PARA EDUCAÇÃO SEXUAL DE ADOLESCENTES AUTISTAS.

Como os pais podem orientar o adolescente autista sobre a sexualidade? É possível? Sim! É possível e fundamental! Os adolescentes autistas experimentam as mesmas transformações no corpo que os adolescentes neurotípicos pois seus hormônios estão presentes e provocam excitação. Com o despertar do interesse sexual dos adolescentes torna-se mais difícil a tarefa de educar. Todavia os pais devem apoiá-los e incentivá-los a buscarem sua independência e autonomia através do aconselhamento e da educação sexual. Cadastre-se e receba gratuitamente em seu e-mail nossos E-books! 

COMO É O HOMEM COM DISFUNÇÃO ERÉTIL QUE PROCURA PSICOTERAPIA SEXUAL?

Devido a meu trabalho em consultório com queixas sexuais, sempre recebo perguntas a respeito dos pacientes e dos problemas sexuais que apresentam. Para responder a perguntas assim, junto a meu grupo de pesquisas, o GEPIPS, estudamos os homens que vieram ao consultório com queixas de não obter ou manter ereções penianas que permitissem um relacionamento sexual com penetração. Sim, é exatamente o problema que sempre se chamou de impotência sexual!  Estudamos as respostas de um questionário que usamos para compreender a história sexual destes homens. Este questionário permite conhecer e comparar um paciente aos outros homens.  Homens com queixa de disfunção erétil que buscam tratamento psicoterápico especializado em sexualidade consideram-se terem sido sempre curiosos com relação a sexo (65,9%) ou desenvolveram esta curiosidade após aparecimento do problema sexual (20,5%). As primeiras informações sobre sexualidade foram recebidas aos 11 anos (entre 4 e 16 anos) de idade, com amigos de mesma idade (45,4%) ou com a concepção de ter aprendido sozinho (15,5%). Sobre jogos sexuais infantis não praticaram (53,3%) ou os que praticaram consideravam normal (32,3%) os jogos de troca-troca, masturbação mutua ou em grupo na infância. Interessante é que 8,9% dos homens referiu ter participado destes jogos e que consideram estas vivências parte da causa de seus problemas sexuais. O ato sexual somente foi visto em filmes (56,9%) ou pela TV (31,8%), sendo que apenas (6,8%) viram os pais em atividades sexuais. A masturbação iniciou-se aos 12 anos (entre 7 e 16 anos), com frequência diária (32,6%) ou de 1 a 2 vezes por semana (20,9%). Atualmente a masturbação ocorre de 2 a 3 vezes ao mês (63,7%) sem sentimentos de culpa (63,7%), embora 20,5% considere ser bom, mas que não devia fazê-lo, ou sentem–se culpados (11,4%). Estes homens consideram que sempre foi fácil arranjar namoradas (47,8%), embora 11,4% tenham se casado com a primeira namorada.  A primeira relação sexual foi aos 17 anos (entre 8 e 27 anos), com uma amiga (32,5%), namorada (25,6%) ou prostituta (23,2%). A primeira relação sexual foi homossexual para 11,6% desta amostra. Sentiram que foi bom (50,1%) sendo que para 20%, além de ter sido bom trouxe um sentimento de realização, e para 16% foi confuso.  A razão para o encontro sexual é o prazer (55,5%) ou o desejo (53,3%) ou a atração física (39,9%).  A preocupação com a possibilidade de engravidar a parceira sexual ocorre sempre em 25,6% destes homens, ou às vezes em 18,6%. Não contraíram doenças sexualmente transmissíveis (73,3%) ou tiveram gonorreia (15,5%). A nudez solitária é vivida com prazer (38,7%) ou com indiferença (34,1%). Junto de outra pessoa de mesmo sexo é desconfortável (43,2%) ou indiferente (34,2%); se for uma mulher é indiferente (27,2%) ou desconfortável (22,8%), sendo excitante para 41%.  A homossexualidade feminina traz curiosidade para 34,2%, e 15,9% teme tornar-se homossexual. O desejo sexual com para com a parceria sexual é ausente em 26,2%, ou variável (21,4%). Para outras mulheres é intenso (34,9%) ou variável (34,9%). As mamas são a parte do corpo mais atraente na parceria sexual (40,1%) secundado pelas nádegas (35,7%), embora 37,8% afirme ser ela por inteiro. A barriga é parte rejeitada da parceria sexual (36,4%). Não se sentem satisfeitos com a parceria sexual em 47,6% os casos. Não acham que a parceira sexual tenha problemas (47,7%), embora 40,4% considere que ela tenha algum tipo de problema sexual. A parceria sexual mostra-se ressentida com o problema erétil (15,9%) ou é cooperativa (23,3%) ou irá ajudar a resolver o problema sexual em 22,6%. Estes homens não consideram que sua parceira sexual seja a causa do problema que vivem (54,5%). A última relação sexual satisfatória havia sido há uma semana (20,5%) ou há seis meses (20,5%).  Um fator cognitivo importante é o medo de não conseguir, de fracassar (67,5%). Ficam nervosos dependendo da parceira (20,9%) ou sempre (16,3%). Uma pequena porcentagem (7%) confunde excitação sexual com nervosismo, considerando este um sinal da primeira. Os problemas psicológicos de algum tipo (57,5%) ou a preocupação de não conseguir desempenhar o sexo (62%) são considerados como causa da dificuldade sexual, além do cansaço (8,9) e o trabalho (11,1%); além disso, 15,5% não apresentam compreensões de fatores intervenientes na vida sexual. A dificuldade com a ereção é na obtenção (41,%) ou na manutenção (41%). A ejaculação é considerada normal quanto ao tempo para a parceira obter orgasmos (32,4%), e muito rápida para 31,1%, sendo que 23% consideram que ejaculam sempre antes da parceira poder ter orgasmos. Ejaculação ante-porta ocorre em 7,1% e em 9,5% ela acontece sem mesmo ter ereção peniana presente.  O médico urologista é o profissional de saúde que já foi procurado para tentar resolver o problema sexual (62,8%) ou um psicólogo/psiquiatra (28%). Estes homens percebem-se muito preocupados com a vida (73,3%) ou nervosos (16,6%) ou tem períodos de tristeza (23,3%). O uso de bebidas (23,5%) ou cigarros (20,3%) são as substâncias mais usadas por estes homens. No caso do álcool, mais 32,2% afirmam fazer uso social da bebida. Conhecer o perfil dos homens que se queixam de problemas eréteis é uma necessidade dos profissionais de saúde que se propõe a tratar estas dificuldades sexuais.  Devemos compreender que esta amostra representa um tipo de pacientes e caracteriza aqueles homens que entendem que a dificuldade sexual se deve a questões psicológicas, por isso aceitam o tratamento psicológico. O homem que não compreende que tem um problema sexual não procura tratamento. O homem que sabe que tem o problema sexual tem suas dificuldades em tratar-se, tem medo, considera que tenha vergonha, sente-se incapaz de se expor e de buscar ajuda. Os homens que buscam tratamento para o problema de ereção podem levar de 2 a 5 anos para conseguir marcar uma primeira consulta com um profissional de saúde. Muitas vezes a primeira procura é feita pela esposa que telefona e marca consulta, mesmo que o homem não consiga sequer ir para esta consulta. O homem que marca a consulta ainda terá várias desculpas para postergar esta consulta. Indicado por outro profissional de saúde a um especialista, muitos homens podem aguardar muitos meses, até um ano com o nome indicado, sem assumir a responsabilidade de mudar a vida e os problemas que vive. As dificuldades sexuais têm tratamento e solução! A mulher tem grande importância para facilitar que o homem resolva o problema. Tentar conversar, sempre, e exigir que o homem cuide de sua saúde facilitará que este homem se trate. 

Fonte:  Oswaldo M. Rodrigues Jr. | Psychologist and sex therapist at Instituto Paulista de Sexualidade | Psicólogo e Psicoterapeuta Sexual do Instituto Paulista de Sexualidade.

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