Caros Internautas,
A partir da análise sobre
diversas leituras de artigos especializados, que tratam de temas decorrentes da
Era do Conhecimento, onde crescentes mudanças impactam setores
sociais, políticos e econômicos, compartilho com vocês o quadro abaixo. Este apresenta alguns paradigmas e suas
características. Neste contexto, encontram-se
as Tecnologias de Informação, que passam a ser cada vez mais fundamentais para
a gestão pública, privada e individual.
O novo paradigma
tecno-econômico tem exigido o desenvolvimento de novos formatos e estratégias
empresariais e de outras instituições (como centros de ensino, pesquisa e
administração pública) uma carga cada vez maior de informação e conhecimento
para desempenharem suas funções. Diante deste cenário, cabe uma reflexão sobre
a necessidade de adoção de novas posturas que permitam flexibilizar ações no
contexto organizacional, social e individual.
Até breve!
Mirian Lopes
CRP-SP/99520
Comparação das principais características dos
dois últimos paradigmas tecno-econômicos
Paradigma
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Fordismo
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Tecnologias da Informação
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Início e término
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1920/30 a 1970/80
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1970/80 a ?
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Principais inovações
técnicas
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motores à explosão,
prospeção, extração e refino de petróleo e
minerais e produção de derivados
|
microeletrônica,
tecnologia digital,
tecnologias da informação
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Principais inovações
organizacionais
|
sistema de produção em massa, “fordismo”, automação
|
computadorização, “sistematização” e
flexibilização, interligações em redes, “just in time”, inteligência
competitiva etc.
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Lógica de produção quanto
ao uso de fatores-chave
|
intensiva em energia e materiais
aumento significativo da oferta de bens e serviços, padronização,
hierarquização, departamentalização,
veloz obsolescência de processos e produtos, cultura do
descartável,
concorrência individual e formação de cartéis
|
intensiva em informação e conhecimento, preservação ambiental e de
recursos
|
Padrões de produção
preponderantes
|
indústria de automóveis, caminhões,
tratores e tanques,
|
transmissão e acesso rápidos a enormes
volumes de informação,
customização, interligação em redes, cooperativismo,
aceleração da obsolescência de processos,
bens e serviços,
experiências virtuais,
aceleração do processo de globalização sob domínio
do “oligopólio mundial” com maior
hegemonia dos EUA.
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Setores alavancadores de crescimento
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indústria petroquímica,
indústria aeroespacial,
indústria de bens duráveis
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informática e telecomunicações,
equipamentos eletrônicos, de telecomunicações e robótica,
serviços de informação e outros tele-serviços
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Infra-estrutura
|
auto-estradas,
aeroportos
|
info-vias, redes, sistemas e softwares dedicados
|
Outras áreas crescendo
rapidamente
|
microeletrônica,
energia nuclear,
fármacos,
telecomunicações
|
biotecnologia,
atividades espaciais,
nanotecnologia
|
Principais setores atingidos
negativamente pelas
mudanças, sofrendo
importantes transformações
|
setores produtores de materiais naturais
(madeira, vidro e outros de origem vegetal e mineral),
formas e vias de transporte convencionais
(navegação fluvial e marítima)
|
setores intensivos em energia, minerais e
outros, recursos não-renováveis (geologia, mineração e
produção de materiais convencionais),
meios de comunicação tradicionais (correio, telefone)
|
Forma de intervenção e política
governamentais
|
controle,
planejamento,
propriedade,
regulação,
welfare state
|
monitoração e orientação,
coordenação de informações e de ações e promoção de interações,
desregulação e nova regulação,
new new deal
|
Fonte: Baseado em Lastres, 1994
Fonte: LASTRES, H.M.M.; FERRAZ, J.C. Economia da Informação, do Conhecimento e do
Aprendizado, Cap. 1, p. 37. In.: LASTRES, H.M.M.; ALBAGLI, S. (Org). Informação e globalização na era do
conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
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