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AUTISMO E SEXUALIDADE: ORIENTAÇÕES PARA EDUCAÇÃO SEXUAL DE ADOLESCENTES AUTISTAS.

Como os pais podem orientar o adolescente autista sobre a sexualidade? É possível? Sim! É possível e fundamental! Os adolescentes autistas experimentam as mesmas transformações no corpo que os adolescentes neurotípicos pois seus hormônios estão presentes e provocam excitação. Com o despertar do interesse sexual dos adolescentes torna-se mais difícil a tarefa de educar. Todavia os pais devem apoiá-los e incentivá-los a buscarem sua independência e autonomia através do aconselhamento e da educação sexual. Cadastre-se e receba gratuitamente em seu e-mail nossos E-books! 

Site disponibilizará conteúdo validado sobre brinquedos

Por Glenda Almeida - glenda.almeida@usp.br

Publicado em 15/fevereiro/2011
Editoria : Saúde

O brinquedo aproxima enfermeiro e criança, gerando relação de confiança e colaboraçãoNo segundo semestre de 2011, um site irá disponibilizar gratuitamente na internet informações validadas e refinadas sobre as formas mais adequadas de utilização dos brinquedos em hospitais, a fim de divulgar o brincar como estratégia de cuidado na área da pediatria. A eficácia do uso de brinquedos para diminuir o sofrimento e evitar traumas em crianças hospitalizadas tem se tornado cada vez mais conhecida entre os profissionais da área de saúde. Como conta Amparito Vintimilla Castro, autora da tese que validou o conteúdo, “enfermeiros, outros profissionais da saúde e até mesmo os pais vão poder consultá-lo, para encontrar instruções, curiosidades e conceitos sobre essa ferramenta de comunicação com as crianças”.

Para julgar esse conteúdo a respeito do uso do brinquedo, Amparito utilizou o método conhecido como Delphi. Ela explica que para aplicar a técnica, o primeiro passo foi selecionar peritos ou juízes no assunto, ou seja, especialistas que possuíssem algumas características que os capacitasse para tal. Como pretendia ser bastante criteriosa em seu estudo, considerando a relevância do tema, Amparito aplicou o método duas vezes, obtendo uma alta concordância entre os juízes, fazendo com que as informações fossem validadas e refinadas.

Segundo as conclusões de Amparito, um enfermeiro pediátrico deve estar capacitado a detectar as necessidades da criança e perceber que o brinquedo é o meio de comunicação mais “eficaz”, que serve para diversos fins. De acordo com o estudo, essa ferramenta possibilita que o enfermeiro cuide melhor da criança hospitalizada, especialmente no que diz respeito às situações novas e limitadoras. Como diz a pesquisadora, essas situações são “potencialmente ansiogênicas”, ou seja, geram muita ansiedade.

Brinquedo terapêutico

Para aliviar a tensão da criança, o brinquedo pode ser usado com objetivos recreacionais, ou mesmo com objetivos específicos, como os do “brinquedo terapêutico”. “Usar o brinquedo nunca é perda de tempo, muito pelo contrário, o profissional ganha tempo e cria um vínculo com a criança. Significa conquistar e ganhar a confiança dos pequeninos”, ressalta a autora do trabalho, realizado na Escola de Enfermagem da USP.

 
Explicações sobre os brinquedos chamados “terapêuticos” aparecem como conteúdo validado no estudo. De acordo com Amparito, esse tipo de brincadeira é capaz, dentre outros objetivos, de atuar como uma válvula de escape e facilitar as funções biológicas. Além disso, pode servir para instruír e ensinar a criança sobre o que está acontecendo em seu corpo, ou seja, é capaz de ter finalidades instrucionais e educativas. “No caso de profissionais que tem como paciente uma criança com problemas respiratórios, brincadeiras com bolinhas de sabão, por exemplo, seriam muito adequadas”, explica a pesquisadora.

As crianças podem entender seu corpo por meio dos brinquedos, uma ferramenta eficiente de comunicação

Simbólico e simples

Dessa forma, a utilização de brinquedos pode auxiliar enfermeiros a instruir a criança a respeito dos sintomas da doença da qual sofre, sobre as cirurgias pelas quais passou ou vai passar, e até mesmo a respeito de outros processos relacionados à terapêutica. “Se uma criança sofre de diabetes, precisamos dizer o que isso significa para ela e a necessidade da aplicação da insulina. Isso a fará entender o que está acontecendo e que ela passe a colaborar com seu próprio cuidado”, destaca Amparito. “Os brinquedos representam essa forma simples e simbólica de explicação, por meio da qual uma célula do corpo humano consegue ser entendida e representada por uma casinha de brinquedo, e a insulina, transformada em carrinho que leva os alimentos em forma de açúcar através da abertura da porta dessa casinha, transformando-se em nutrientes que o organismo precisa”, completa.

Na opinião da pesquisadora, a humanização das práticas nos hospitais é mais que essencial para alcançar excelentes resultados. “O brincar significa humanização da assistência, que pode ser associado e equilibrado com os avanços técnicos, ambos importantes no cuidar. Além disso, os profissionais da saúde podem aprender junto aos pacientes as melhores maneiras de se comunicarem e de criarem um vínculo de amizade. É estando mais próximos das crianças que passamos a perceber e entender melhor suas necessidades, assim como o medo e as dificuldades que enfrentam durante a hospitalização. É a partir daí que podemos apresentar possibilidades de alívio de tensão, de diversão, de compreensão e alegria em meio a dor”, conclui a enfermeira.

A tese de Amparito Validação de conteúdo de sítio virtual sobre uso do brinquedo na enfermagem pediátrica, foi orientada pela professora Magda Andrade Rezende.

Mais informações: (11) 9738-7699, (11) 3069-8941, email amparito@ig.com.br

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