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AUTISMO E SEXUALIDADE: ORIENTAÇÕES PARA EDUCAÇÃO SEXUAL DE ADOLESCENTES AUTISTAS.

Como os pais podem orientar o adolescente autista sobre a sexualidade? É possível? Sim! É possível e fundamental! Os adolescentes autistas experimentam as mesmas transformações no corpo que os adolescentes neurotípicos pois seus hormônios estão presentes e provocam excitação. Com o despertar do interesse sexual dos adolescentes torna-se mais difícil a tarefa de educar. Todavia os pais devem apoiá-los e incentivá-los a buscarem sua independência e autonomia através do aconselhamento e da educação sexual. Cadastre-se e receba gratuitamente em seu e-mail nossos E-books! 

O QUE É DISPAREUNIA?



Por Mirian Lopes
Ter acesso à informação sobre aspectos da sexualidade auxilia você a se posicionar frente à sua própria vida sexual. O crescimento sexual é um processo que envolve você por inteiro com suas atitudes, pensamentos, sentimentos e o seu contato corporal. Sentimentos positivos ou negativos sobre si mesmo e em relação às experiências atuais e passadas, tanto no nível emocional quanto no nível sexual, e o quanto você se sente à vontade com seu corpo e com as técnicas e as reações sexuais poderá influenciar o fato de você ter ou não orgasmo e a freqüência em que ele ocorre. Ampliar seu conhecimento é fundamental para que você possa viver sua sexualidade de forma plena e sadia. A Saúde Sexual é a habilidade de mulheres e homens para desfrutar e expressar sua sexualidade, sem riscos de doenças sexualmente transmissíveis, gestações indesejadas, coerção, violência ou discriminação. A Saúde Sexual possibilita experimentar uma vida sexual informada, agradável e segura, baseada na auto-estima, que implica uma abordagem positiva da sexualidade humana e no respeito mútuo nas relações sexuais. A saúde sexual valoriza a vida, as relações pessoais e a expressão da identidade própria da pessoa. (GALVÃO, 2001). De acordo com a 10ª revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID-10 (2011, p. 347) “as disfunções sexuais dizem respeito às diferentes manifestações segundo as quais um indivíduo é incapaz de participar de uma relação sexual, como ele ou ela desejaria”. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV-TR (2002, p. 511) preconiza que “uma disfunção sexual caracteriza-se por uma perturbação nos processos que caracterizam o ciclo de resposta sexual ou por dor associada com a relação sexual”. Você sabe o que é Dispareunia? É uma disfunção sexual caracterizada por dor genital recorrente que surge antes, durante ou depois da relação sexual. No Brasil, Abdo (2004, p.119-148) apresenta no Estudo da Vida Sexual do Brasileiro (EVSB) a prevalência estimada para a dispareunia: 23,9% para mulheres e 7,9% para homens, entre 18 e 25 anos; 16,5% para mulheres e 4,4% para homens, entre 26 e 40 anos; 13,9% para mulheres e 2,5% para homens, entre 41 e 50 anos; 17,1% para mulheres e 1,6% para homens, acima dos 60 anos. Esta disfunção ocorre com maior freqüência na população feminina e é causada por traumas locais, endometriose, atrofia vaginal, escoriações vaginais, gravidez ectópica, inflamações e infecções genitais ou pélvicas. Fatores psicológicos tais como evento sexual traumático, vergonha e culpa em relação ao sexo e experiências negativas podem agravar ou manter o ciclo da dor (ABDO E OLIVEIRA JUNIOR, 2002). De acordo com Gerin (2008) mulheres com dispareunia tem menor freqüência de relação sexual, menores níveis de interesse e desejo sexual e chegam menos ao orgasmo quando estimuladas. A dispareunia provoca sofrimento ou dificuldade nas relações interpessoais, e leva à rejeição do ato sexual diminuindo o desejo sexual. Portanto, é importante que você relate ao seu médico o que sente para que seja possível um melhor diagnóstico. O tratamento tem a finalidade de que você conheça seu corpo e sua forma de lidar com o mundo.
Referências
  1. Galvão L. Saúde Sexual e Reprodutiva, Saúde da Mulher e Saúde Materna: A evolução dos conceitos no mundo e no Brasil. In: Galvão L; Diaz J (Orgs). Saúde Sexual e Reprodutiva no Brasil. São Paulo: Ed. Hucitec/Population Council, 1999. P.165-179.
  2. Organização Mundial da Saúde (OMS). Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. Texto revisado (CID-10). Tradução Centro colaborador da OMS para a família classificações internacionais em português. 10ªed. São Paulo: Edusp, 2011.
  3. Associação Psiquiatrica Americana (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Texto revisado (DSM-IV-TR). Tradução Cláudia Dornelles 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
  4. Abdo CHN. Estudo da vida sexual do brasileiro (EVSB). São Paulo: Ninho Moraes, 2004.
  5. Abdo, CHN e Oliveira Junior WM. O ginecologista brasileiro frente às queixas sexuais femininas: um estudo preliminar. Revista Brasileira de Medicina, São Paulo, v. 59, n. 3, p. 179-186, mar. 2002.
  6. Gerin L. A ocorrência de dispareunia entre mulheres: como fica a saúde sexual? 2008, 108f.  Dissertação (Mestrado) Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, Ribeirão Preto, 2008.

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