Do ponto de vista biológico, sexo “normal” é aquele que se manifesta sob a forma de resposta fisiológica saudável. Quando uma pessoa mantém íntegra a capacidade de reagir, responder a um estímulo erótico, com comportamentos encobertos (desejo) e manifestos (excitação, orgasmo) é considerada uma pessoa biologicamente “funcional”. Quando por qualquer motivo essa cadeia de respostas fisiológicas é bloqueada em qualquer um dos seus pontos, dizemos que a pessoa é disfuncional. Portanto, desvio é um conceito sociológico e disfunção é um conceito biológico.
Do ponto de vista psicológico, sexo “normal” é aquele considerado dentro da visão particular de cada um. Neste sentido, é a satisfação pessoal de cada pessoa ou a adequação sexual, que importa. A adequação sexual pressupõe um estado de satisfação intra e interpessoal, ou seja, se a pessoa esta satisfeita com o seu comportamento sexual e o comportamento sexual de seu parceiro, ela é uma pessoa sexualmente “normal” ou adequada. Contudo, se a pessoa não estiver satisfeita com o seu comportamento sexual ou com o de seu parceiro, de acordo com seu padrão de normas, pode se dizer que há uma inadequação sexual.
Ao comportar-se sexualmente a pessoa realiza não só um ato de necessidade fisiológica, mas também, psicológica e social. Todo ato sexual gera uma consequência no parceiro, que pode ser agradável ou desagradável, adequado ou inadequado. O ato sexual é um ato transacional. O ato sexual é algo que não se faz a alguém, mas algo que se faz com alguém. (adaptado de Cavalcanti & Cavalcanti)
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