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AUTISMO E SEXUALIDADE: ORIENTAÇÕES PARA EDUCAÇÃO SEXUAL DE ADOLESCENTES AUTISTAS.

Como os pais podem orientar o adolescente autista sobre a sexualidade? É possível? Sim! É possível e fundamental! Os adolescentes autistas experimentam as mesmas transformações no corpo que os adolescentes neurotípicos pois seus hormônios estão presentes e provocam excitação. Com o despertar do interesse sexual dos adolescentes torna-se mais difícil a tarefa de educar. Todavia os pais devem apoiá-los e incentivá-los a buscarem sua independência e autonomia através do aconselhamento e da educação sexual. Cadastre-se e receba gratuitamente em seu e-mail nossos E-books! 

A INVEJA NA VIDA COTIDIANA

Ciúme: referimo-nos a um relacionamento que envolve três pessoas; sente-se ciúme porque alguém a quem se ama, ou a quem se está ligado, demonstra mais interesse ou afeição por outrem. Inveja: envolve basicamente duas pessoas, e inveja-se o que a outra pessoa possui, ou suas capacidades, conquistas, qualidades pessoais, etc. A inveja envolve, em maior ou menor grau, uma qualidade espoliadora, ou pelo menos hostilidade para com as boas capacidades da outra pessoa, ainda que isso possa não ser reconhecido. O Oxford English Dictionary (edição de 1979) a descreve como “O sentimento de mortificação e malevolência ocasionado pela contemplação de vantagens superiores possuídas por outrem”. A inveja muitas vezes parece estar ligada à voracidade, e no entanto e diferente dela. A pessoa invejosa não está tão interessada em obter algo para si própria e usufruir isso ainda que vorazmente, mas sim em tirar algo de outra pessoa, algo de que ela possa então tomar posse, de forma que se torne parte de si própria. Em certo sentido, todos nós conhecemos o resultado final consciente, sentimentos de ressentimento por alguém estar à frente, ou fazer melhor, e uma vaga hostilidade, rivalidade, competitividade. O indivíduo invejoso não consegue ver nada a elogiar ou a valorizar em outro indivíduo, mas só acha dúvidas – “bem estava bom, mas...”– e encontra sempre alguma razão para duvidar da outra pessoa ou derrubá-la. A pessoa invejosa pode espoliar literalmente, injuriando, danificando ou ferindo outra pessoa ou suas posses; ou pode espoliar por meio de injúrias psicológicas, ferindo os atributos ou as conquistas de outra pessoa em sua própria mente, em seu pensamento, ou externamente, por meio de críticas, escárnio ou provocação. Podemos ver este tipo de coisa quando a pessoa invejosa, inveja a inteligência tranquila e a paz de espírito de outra pessoa e se põe a cutucá-la e a provocá-la até que ela perca a calma. O que uma pessoa invejosa verdadeiramente não pode suportar é encarar o sucesso, a fruição, o prazer do outro; e quanto mais nos aproximamos da questão, é mais provável que a dificuldade se faça sentir. Assim, a pessoa verdadeiramente invejosa não pode tolerar que algo de bom lhe seja dado por outra pessoa. Uma pessoa excessivamente invejosa, portanto, pode achar tão dificil tolerar que outra tenha alguma coisa para lhe dar que ela não pode reconhecer ou usar a outra pessoa construtivamente. Uma pessoa muito invejosa dificilmente consegue tolerar escutar o que outra pessoa tem a dizer, e pode encontrar todo o tipo de artifício para parar a conversa, tomando conta do assunto, paralisando-a, porque não consegue tolerar ouvir coisas divertidas, experiências e pensamentos interessantes que venham de outra pessoa. A pessoa realmente invejosa não pode aproveitar o que vem de outra pessoa e não pode sentir gratidão, o que significa que sua capacidade de ter prazer e de amar sofre graves interferências. Se a inveja, qualquer que seja a razão, impede que o individuo construa relacionamentos bons, calorosos e confiáveis, todo o seu mundo interno, e portanto seu caráter, será influenciado e é provável que ele fique, de acordo com isso, inseguro. Essa própria insegurança ou sentimento de inadequação incrementará o ódio de outros que se sintam mais confortáveis, mais confiantes e mais estáveis. E assim a insegurança incrementa a inveja, e nós ficamos em um círculo vicioso.
Extraído de: Joseph, Betty. A inveja na vida cotidiana. In: Equilíbrio psíquico e mudança psíquica. Cap 13. Rio de Janeiro, Ed. Imago, 1992.

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